TERRA DE ÍNDIO

16/09/2011 12:36

José Gabriel C. V. Barbosa

            Sim, Leopoldina era, literalmente, terra de índio (e no bom sentido!), o que faz Oiliam José se referir a ela como “derradeiro refúgio dos Puris”. Temos a Serra dos Puris, da qual faz parte o Morro do Cruzeiro, para não nos deixar esquecer, já que apagar o passado é uma das características da gente daqui, que parece querer esconder suas raízes. Se não cuidamos, sequer, de nosso passado glorioso, jogando no chão muitos exemplares da arquitetura histórica, imaginem se não iríamos empurrar para debaixo do tapete nosso passado mais cruel: aquele do encontro das três principais raças que nos formaram e que está registrado nas feições de nosso povo.

 

            Parece que não foi nada admirável o convívio inicial entre índios, brancos e negros, ou, em outras palavras, entre remanescentes Puris, colonos luso-brasileiros e escravos africanos, nesta região, há menos de dois séculos. História feita de muita incerteza, medo, sofrimento, doença, morte... Digo história, e não pré-história, porque ela está, de certa forma, registrada em diversas fontes escritas, algumas das quais saciam e instigam, ao mesmo tempo, minha sede de saber.

 

            Convido-os a uma viagem no tempo, para compartilharmos visões do embate entre os nativos e os colonizadores, começando por Barroso Jr. (1954), quando ele romanceia o momento após a primeira missa celebrada no Município: “Entardecia. A capela solitária doirava-se toda de sol no langor do ocaso. A cruz da ermida rústica e a pedreira milenária coroada de mata virgem eram dois marcos diferentes da vida brasileira daqueles sertões: um estadeando as conquistas do cristianismo, outro testemunha secular do gentilismo agonizante.”

 

           Um pouco anterior (1912) é a referência poética que Augusto dos Anjos faz desse encontro fatídico: “Em vez da prisca tribo e indiana tropa / A gente deste século, espantada, / Vê somente a caveira abandonada / De uma raça esmagada pela Europa!”

 

            Francisco de Paula Ferreira de Rezende, que veio para esta região em 1861 e a ela se referia como “uma das gemas mais preciosas da nossa província”, encontrou poucos vestígios dos Puris: declara que vira alguns na “Fazenda Soledade” e “uma espécie de pequeno aldeamento deles, um pouco para lá do atual arraial dos Tebas na estrada que ia para o Rio Pardo”.

 

          Entretanto, se viajarmos dois séculos, encontraremos fontes presenciais: os hóspedes de Guido Marlière - naturalistas europeus que estiveram em sua fazenda, Guido Wald (= mata do Guido, hoje, Guidoval/MG), e conviveram com Puris e Coroados, ainda nus, no vigor de sua cultura. Presenciaram seus costumes nômades, danças, cantos em língua do tronco macro-jê, vida social...

 

          Para entendermos a presença desses visitantes, resta lembrar que, com a transferência da sede do império português, em 1808, o Brasil viveu uma revolução cultural: abertura dos portos, criação de cursos superiores, imprensa... Com isso vieram as missões artísticas e científicas a fim de estudar o que ainda era inexplorado para o mundo do conhecimento, deixando em nossa memória nomes que certamente já ouvimos na escola: Debret, Taunay, Rugendas, Spix e Martius...

 

          Além de conhecer a geografia, plantas e animais, os nativos estavam entre os principais interesses desses naturalistas que chegavam anualmente à Corte. Mas onde encontrá-los, em estado natural, se o litoral já padecia de mais de 300 anos de colonização? Bem perto, nas “áreas proibidas”, mais ou menos o que conhecemos hoje por Zona da Mata. Entretanto, não havia caminho direto, cruzando a Serra do Mar e o Paraíba... Fazia-se necessário seguir a estrada real até Vila Rica e, de lá, seguir para o sul, passando por lugares que hoje chamamos de Mariana, Ponte Nova, Viçosa, até o Presídio de São João Batista (atual Visconde do Rio Branco), vizinho da Guido Wald. Mas não eram estradas como as que conhecemos! Era trilha na mata: “tão estreita, que a custo passava uma mula atrás da outra; escura como o inferno de Dante”.

 

           Guido Thomaz Marlière foi nomeado Diretor dos Índios do Pomba em 1813, com a missão de “civilizá-los”, o que significava, principalmente, vesti-los, catequizá-los, familiarizá-los com o trabalho na lavoura e aldeá-los (sedentarizá-los). Foi a partir de então que muitos dos cientistas trilharam esse caminho até sua fazenda, assentada entre Puris, Coroados e Coropós. Georg W. Freireyss, Barão de Eschwege, Auguste de Saint-Hilaire, Maxilimiano de Wied-Newied, Johann Baptiste Von Spix e Carl Friedrich Von Martius foram alguns dos hóspedes do francês que tentava defender os índios, numa época em que o império português lhes havia decretado guerra.

 

          Estes dois últimos, Spix e Martius, na época jovens de 37 e 24 anos, respectivamente, foram os que mais detalhadamente descreveram nossos antepassados pré-históricos. Aportaram no Rio de Janeiro em 15/07/1817, integrando a missão científica enviada por Francisco I da Áustria, que preparava terreno para a chegada de sua filha, esposa de D. Pedro I, a futura Imperatriz Leopoldina. Em dezembro daquele mesmo ano, deixaram o Rio de Janeiro em direção a São Paulo e, de lá, seguiram para Vila Rica, onde conheceram Marlière, que estava em tratamento da saúde e os convidou para uma visita à fazenda e aos índios.

 

          A viagem se deu entre 31/03 e 21/04 de 1818, tempo suficiente para traçarem relatos preciosos sobre nossos ancestrais mais esquecidos, tais como: “os humanitários esforços no trato do Cap. Marliére, especialmente aos Coroados, tem produzido os mais vantajosos resultados. (...) Calcula-se o seu número em mais de dois mil; entretanto, nos últimos anos, muitos morreram por doença, sobretudo disenteria. Os Puris, seus inimigos, que, excetuando uma pequena parte no Rio Pardo e no Rio Paraíba, ainda não reconhecem a soberania dos portugueses, são mais numerosos, montando provavelmente a cerca de 4 mil almas.” “Os índios são baixos ou de estatura mediana; (...) as partes masculinas são muito menores que as dos negros, e não, como as destes últimos, em constante turgidez; (...) nas axilas e sobre o peito, não se nota em geral cabelo algum; nas partes sexuais e no queixo dos homens, apenas leve penugem.” “Vivem os índios em monogamia ou poligamia sem regra. (...) Certas tribos são dadas ao vício de sodomia.” “Os rapazes casam-se com 15 a 18 anos, as moças com 10 a 12.” “O seu mais importante meio de cura consiste em repouso e dieta.” “Os índios pouco adoecem (...), se, porém, lhes é levado o contágio dessas doenças [dos imigrantes, como sífilis ou sarampo], propagam-se com a máxima rapidez, e facilmente dão cabo deles.”

 

          Pela voz dos naturalistas, temos a confirmação da violência a que nos referimos ao começar este artigo e que marca o início de nossa história, antes mesmo do período da escravidão de negros nas lavouras de café. O desaparecimento dos índios não se deve apenas às doenças levadas pelos brancos, intencionalmente ou não, mas “também ao costume de servir-se de uma tribo para hostilizar a outra, como já aconteceu com os Coroados contra os Puris, e à crueldade dos postos militares, que estenderam também aos Puris a guerra de extermínio legalmente autorizada contra os Botocudos.”

 

           Felizmente ficaram suas melodias, registradas em partitura por Spix e Martius nos rituais indígenas que presenciaram, que voltaram a ser música, quase dois séculos depois, na leitura feita pelo grupo Antique de Leopoldina. Quem quiser ouvi-las, ou obter mais informações, acesse nosso canal no Youtube e boa viagem no som dos Puris!

 

          Ah, uma dúvida! Será que a especulação imobiliária, a exploração e o pouco cuidado com nossa cidade não seriam desdobramentos desse passado impensado, transformando-a em “terra de índio” no sentido pejorativo da expressão?

 

(*) José Gabriel C. V. Barbosa é músico (integrante do Grupo ANTIQUE), servidor público, membro da ALLA e da OSCIP Felizcidade.

  

 Bibliografia:

 

AGUIAR, José Otávio. Memórias e histórias de Guido Thomaz Marlière (1808-1836). Campina Grande: EDUFCG, 2008.

ANJOS, Augusto dos. Obra Completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2004.

BARBOSA, José Gabriel Couto de Viveiros. Cidade, história, sexualidade e poder: o lugar político do homossexual. Dissertação a ser apresentada junto à Universidade Lusófona de Lisboa para a obtenção do grau de mestre. Leopoldina: do autor, 2011.

JOSÉ, Oiliam. Indígenas de Minas Gerais: aspectos sociais, políticos e etnológicos. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1965.

JÚNIOR, Barroso. História de Leopoldina, in Revista Acaiaca, número 60, de março de 1954, Ed. Comemorativa ao centenário de Leopoldina. Belo Horizonte: Acaiaca, 1954.

REZENDE, Francisco de Paula Ferreira. Minhas Recordações. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.

SPIX, Johann Baptist von e MARTIUS, Carl Friedrich Philipp von. Viagem pelo Brasil: 1817-1820, volume 1. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Ltda., 1981.  

 

 

 

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Tópico: TERRA DE ÍNDIO

Data 03/05/2017
De Marcelo
Assunto Comentário

Que maravilha esta matéria, indicada por Plínio Alvim! Que rara e preciosa fonte de nossa 'pré-história' regional, tão pouco pesquisada...

Data 23/08/2014
De Plinio Fajardo Alvim
Assunto Vocabulário puri

VOCABULÁRIO PURI.
Fonte: TORREZÃO, Alberto de Noronha. Vocabulário puri. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo LII, parte II, Rio de Janeiro, 1889, p. 511-3.

achar - iah
acender - kandú
adoecer - kondón
agarrar - iahga
água - m'nhâmã
amargo - kandjuh
amarelo - putuhra
andar - kehmûm
anta - pennân
arara - djasvatahra
arco - ohmrin
arroz - mem'rina
árvore - mpó
assar - mbôri
avô - antah
avó - titinhan'
banana maçã - baoh
barbado (macaco) - tokeh
barriga - tikim
batata - churumûm
beiço - tsché
boca - tschoré
bocaina - djareh
beber - tch'mbá
boi - tapira
bom - schuteh
bonito - schuteh
braço - lacareh
brajaúba (palmeira) - pahtan
branco (homo) - haranjúa
branco (color) - ohkarôna
cabeça - nguê
cabelo - quê
cacau - tembóra
café - pahrahda
caititu - sotakon
calor - prehtôma
cana-de-açúcar - tupânãrikê
cantar - ndl'ôno
capim - chipampeh
capivara - bodaqueh
capoeira - chicopó
carne - arikê
carvão - mbórvan
casca - popeh
cachorro - shindeh
casa - nguára
casar - djeeh
cego - ahmripapú
chover - nhãmaku-uh
cobra - shahmûm
colérico - kochna
comer - maschê
conversar - tschóre bacoiah
corda - tumah
córrego - nhãmanrúri
couro - peh
curar (eu curo) - ah ndond
cutia - bohkôn
deitar - katahra
dente - utsché
dentro - kschê
deus - tupã
dia - opeh
diabo - ahndl'ahman
dinheiro - mretetêno
dormir - katahra
em pé - pl'euák
estrela - chúri
espingarda - bôah
estrada - chiman
eu - ah
faca - hum'ran
falar - koiah
farinha - makiprahra
feijão - chumbêna
feio - krohkon
ferro - hum'ran
filha - chambé
filho - chambé
flecha - aphon
flor - pl'okeh
florzinha - pô-pâna
fogo - boteh
foice - hum'ran (todo objeto de ferro é hum'ran)
folhas - djop'leh
fome - temembôno
força - mehtl'on
frio - nhamaitû
fumo - pokeh
fui - mahmûm
gambá - scháriuô
gostar - tl'amatl'i
homem - hakorrema
irmão - schahtâm'
intanha - kopahra
jacucaca - schák-on
jacutinga - pittah
jaguatirica - jogót-ahmûm
jaó - mboré
joelho - tuonri
lagoa - nhãma rorá
lagarto - appehrtô
levantar - ml'itôn
língua - toppeh
lindo - schuteh
lua - petahra
luz - poteh
macaco - tanguah
macuco - shipahra
madrugada - vemudah
mãe - inhan
mamar - nhamantá-hm'bá
maminha - nhamantah
mão - chapeprera
mandioca - veijuh
mata (com ferro) - môm'ran
matar (com pau) - mopô
mato virgem - tschóre
mau - krohkon
meio-dia - huáratirukah
mel - butan
meu - ah
milho - maki
moça - mbl'êma schu; teh [?]
mono - pahra
morar - lekah
morder - trchemurung
morrer - mbôno
mulher - mbl'êma
nariz - ahm'ni
nhambu - shaprúra
noite - mripôn
nuvem - huerahschka
olho - mri
onça - pon-an
osso - am'mi
ouro - mretetêna
paca - arotah
papagaio (jurujuba) - shitrohra
passarinho - chipú
pai - charé
palmito (palmeira) - ehkah
pé - chapêprêra [v. mão]
pedra - uk'huá
peixe - nhamaquê
pena - chipupê
perna - katehra
pote - pom
pombo - schandô
porco - sotanxira
porco castrado - açohtl'axira
preto - pehuôno
pud. mulieris - tocoh
pud. hominis - ashim
pular - guaschantl'eh
quati - schamutan
queixada - sôtan
quixerenguengue - peh'oh
ramo - pôtl'ica
rapadura - capôna
restilo (aguardente) - canjâna
rio - mnhãma-rôra
rir - l'ipon'
roupa - antuh
rusga - guaschê
sal - horvi
sangue - ahtl'im
santo - tupan
sapo - shaluh
sauá (macaco) - beht-amûm
sol - oppeh
taquara - uhtl'an
tardinha - toschá
tatu - tutú
terra - uchô
testa - poreh
toucinho - ahnhimim
trepar (em árvore) - bocuah
trovejar - tupan ruhuhú
tumbaca (pássaro) - kupan
umbigo - kah'ira
unha - chapepreraquê
veado - nôm'ri
velho - tahé
verde - tongôna
você - dieh
acenda o fogo - poteh kanduh
água está fervendo - munhãmá prehtôn
cala a boca - kandl'ô
eu fui-me embora - ah mahmûm
eu moro aqui - ah! lekah!
fogo apagou - poteh ndran
o tempo está ruim - ohpúêráschka
quebro-te a cabeça com um pau - guê ah mopô!
quero beber cachaça - ah canjana muiá (ah canjana rumbáo)
vá-se embora - má-ndohm'
vou-me embora - ah! ndômo!

Fonte: TORREZÃO, Alberto de Noronha. Vocabulário puri. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo LII, parte II, Rio de Janeiro, 1889, p. 511-3.

Data 14/11/2011
De Glória Barroso
Assunto Sobre o site

O site está ótimo! Bonito, cheio de informaçõse bacanas. Até estou interessada no Esperanto! Um abraço para todos integrantes do Antique.

Data 14/11/2011
De Glporia Barroso
Assunto Parabéns!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Amei seu trabalho e curti o Antique no som dos Puris!

Data 06/10/2011
De Plinio Fajardo Alvim
Assunto Comentário e informações complementares

Ótimo trabalho, J. Gabriel. Agradeço pelo grande presente que você nos dá. Aceitei o convite e viajei no tempo. Como pesquisador diletante da história regional, tenho particular interesse pelo tema e possuo, entre outras obras também afetas aos indígenas que habitaram a região - puris, cropós e croatos -, quase todas as que você citou. Inclusive a de Spix e Martius, adquirida há 12 anos, com a transcrição da ‘partitura’ de trecho de música puri. Agora, finalmente, consegui ouví-la – e melhor ainda, em linda e emocionante interpretação do Antique, gravada em Piacatuba, terra de meus antepassados, na capela-mor da Matriz construída por meu pentavô, Domingos Henriques de Gusmão. Permita-me tentar contribuir com outras informações complementares. Na Fazenda Bom Jardim, em Angustura, foram encontradas, há cerca de 20 anos, ferramentas rudimentares (machados, talvez), em pedra polida, possivelmente oriundas dos puris que viveram ou transitaram por ali, de acordo com avaliação do antropólogo Klinton Senra. Segundo o brilhante “Encontro com os ancestrais”, de Pedro Wilson Carrano Albuquerque, o ex-Governador Mineiro, ex-candidato à Vice-presidente da República e ex-Ministro da Justiça, Milton Campos, descendia de uma legítima indígena puri, sua bisavó, que recebeu o nome cristão de Cândida. Mais tarde, eu soube através de outro de seus inúmeros descendentes, Waltair do Couto, que seu nome original, em linguagem puri, seria ‘Giqtizy’. Ela teria vindo de uma aldeia localizada na Serra da Pena, ali bem perto - então pertencente ao município de Leopoldina e, hoje, localizada na divisa entre este e o de Além Paraíba. Giqtizy ou Cândida viveu nesta fazenda com o seu então proprietário, Padre Vicente Ferreira Monteiro de Castro (1802-1863), com quem teve os 10 filhos que ali nasceram, entre os quais Margarida Monteiro de Castro que viria a ser mãe do Desembargador Francisco de Castro Rodrigues Campos, nascido na Faz. da Barra (ou Barrinha), pai de Milton Campos. Pe. Vicente foi Pároco de Angustura e de Além Paraíba e, após a sua morte, em 1863, a Faz. Bom Jardim passou a seus herdeiros; sendo, posteriormente, adquirida por Cândido Cardoso Brochado, cuja filha, Maria José Cardoso, casou-se com o Cap. Domingos de Andrade Villela - um dos pioneiros da família Villela na nossa região. Hoje, apesar de fragmentada, a Faz. Bom Jardim pertence à 6ª geração dessa mesma família. Na Faz. Bom Jardim também nasceu o ex-Deputado Estadual Fluminense José Miguel, militante em movimentos da cultura negra, autor da Lei que criou o Monumento a Zumbi dos Palmares - no Rio de Janeiro; tendo sido, também, candidato à Prefeito daquela cidade em 1996. Curioso notar que, mesmo nos dias atuais, aqui na região, ainda se ouve a expressão “Fulano/a é Puri”, quando alguém quer se referir a uma pessoa que possui tez escura, acobreada, quase negra, e cabelos lisos. Também ainda é comum ouvir-se coisas do tipo “Minha avó/bisavó era puri e foi pega a laço”. Um abraço. Plinio Fajardo Alvim.

Data 07/10/2011
De josé gabriel
Assunto Re:Comentário e informações complementares

Meu caro Plínio,
muito obrigado por seus comentários, tão elogiosos e ainda mais enriquecedores!
Tudo o que você escreve se torna imediatamente límpida fonte de pesquisa da história de nossa região, onde nós, do Antique, podemos matar nossa sede de saber.
Ficamos felizes de saber um pouco mais de nossa história e de perceber seu interesse na nossa tentativa de trazer à vida o som dos Puris, em singela e particular releitura realizada pelo Grupo na Matriz de N S da Piedade, em Piacatuba.
Abraços sinceros do Antique.

 

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