Queridos ouvintes e leitores, sejam muito bem-vindos ao Blog do Antique-online!      05/07/2011

 

       Hoje ensaiamos nossos primeiros passos, ou melhor, primeiros compassos neste instrumento totalmente novo!!! Pela internet, o ANTIQUE ainda caminha desajeito e, como todo bom mineiro, desconfiado; mas, curioso! Arcaico, em hipótese alguma! Mas as teclas da internet... verdadeiro desafio! Daqui a alguns anos, quem sabe, ainda olharemos para trás e daremos boas risadas ao lembrarmo-nos do ANTIQUE-aprendiz navegando pela rede! Talvez, com a sabedoria de quem já percorreu a música de séculos e séculos, ele simplesmente nos responda: cada “post” _ ou cada apresentação_ traz consigo sentimento novo! Como diria Mario Quintana na poesia “Instrumento”:

 

      “O encantado espanto que senti quando fiz a primeira poesia ainda perdura até hoje: jamais me esquecerei daquele inábil, daquele medroso toque no instrumento desconhecido... E _ até hoje _ este receio de uma nota em falso!

 

Agora _ sem medo de errar _, vamos às notícias:

Blog

23/06/2012 20:18

ARTE EM PAUTA ???

 

_Em pauta e em sociedade!

 

A arte em pauta vocês conferem na página do ANTIQUE no Youtube. Com foco em música antiga, mas percorrendo períodos diversos da História da Música, o grupo já postou, no Youtube, cerca de 24 exemplares de sua produção musical.

 

 Os vídeos reúnem compositores como Johan Sebastian Bach, Händel, Palestrina, Carl Phillip E. Bach, Menegali e Diego Ortiz. A música colonial brasileira está representada por dois notáveis expoentes: Manuel Dias de Oliveira e o Padre José Maurício Nunes Garcia. Os tons do século XX, por sua vez, ficam a cargo de Astor Piazzolla e Villani-Cortês. Dentre as gravações, destaca-se, ainda, memorável exemplar de música indígena: a “Dança dos Puris”, recolhida por Spix e Martius, no início do século XIX, quando percorriam terras hoje pertencentes ao estado de Minas Gerais. Esta dança, interpretada pelo ANTIQUE, constitui exemplo singular da produção musical dos primeiros habitantes da “Terra Brasilis”.

 

_Próximo tema em pauta?

 

_Artes!! (Coincidência?)

 

_Não creio!!!

 

 “ARTE & SOCIEDADE” é o tema do próximo vídeo do ANTIQUE. Em entrevista concedida pelo mestrando José Gabriel C. V. Barbosa, a ARTE é analisada em diferentes facetas. Será a ARTE a fonte ou a resultante da criatividade? Esta e outras questões vocês conferem nesta entrevista em nossa página no Youtube.

 

Para que a ARTE não saia de pauta, lembramos-lhes que “Sociedade: Uma Obra de Arte?”, de autoria da mestranda Ereny Ferreira Sales_ Berê_  é o texto que abre nossa seção ARTIGOS, intitulada: “Arte de Ouvir e Redigir”. Esta subpágina do Blog do ANTIQUE é aberta a contribuições e tem por foco as ARTES_ em todas as suas manifestações. Interessados, leiam a nota abaixo:

 

...“Amantes das letras & das artes que queiram compartilhar suas produções em nossa página, favor entrar em contato pelo e-mail grupoantiqueonline@gmail.com ” ...

 

Encerrada a pauta, nos despedimos com ARTE, ou melhor, com o vídeo “ARTE & SOCIEDADE”.

 

 _Nos vemos nesta sessão no Youtube! (ou como recomenda a gramática: )

 

_Vemo-nos nesta sessão no Youtube!!!

 

_ Até lá

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

16/06/2012 15:53

FACEBOOK NO ANTIQUE OU ANTIQUE NO FACEBOOK ???

 

 

_ Uma opção exclui a outra?

 

Atualmente, conexão é tudo! Quem não se conecta diariamente à internet, corre o risco de estar vivendo em outro mundo. O espaço virtual é realidade e tende a tornar-se tão ou mais real que o mundo concreto. Conectado à tecnologia, o ANTIQUE marca sua presença na net.

 

Se já era possível interagir com ferramentas do Facebook em nosso site, agora, o ANTIQUE, literalmente, caiu na rede e conta com página em um dos principais sites de relações sociais: o Facebook! Em conexão total, os leitores do ANTIQUE podem acompanhar, aqui no site, as atividades do grupo no Facebook e vice e versa.

 

 Com o “serviço addthis” _ que oferece 322 formas de compartilhamento_ os leitores do ANTIQUE já podiam compartilhar, de formas diversas, páginas e posts do site. Agora, com o FACEBOOK no ANTIQUE e com o ANTIQUE no FACEBOOK , a interatividade irá ampliar-se ainda mais. Ao acessar, em nosso site, a nova página, intitulada ANTIQUE no FACEBOOK, será possível acompanhar as atividades do grupo nesta rede social. Os fãs do ANTIQUE contam, ainda, com a subpágina Postar no Facebook, que lhes permite conectar-se a suas contas e deixarem comentário que também será exibido nesta mesma subpágina do site.

 

Tamanha interatividade, alguém poderia imaginar? Como já dizia o poeta Cassiano Ricardo (1895-1974), "Por que pensar, imaginar/ A máquina o fará por nós/ Ó máquina, orai por nós".

 

Então, para que perderem tempo ?!? Peguem a suas máquinas, se conectem à internet e curtam, no próprio site do ANTIQUE, a nossa página no Facebook! Neste mundo cibernético, a conexão é tudo_ ou quase...  

 

Lembrem-se, também, de postar no novo FÓRUM: "O Ensino de Música nas Escolas Brasileiras".  A participação enriquece o debate e isto, definitivamente, a máquina não poderá fazer por nós.

 

Que a máquina seja o braço do homem, não a mente do mundo!

 

 

ANTIQUE

 

                   Contribuição: Mara Max

08/06/2012 11:36

LIÇÕES DE PIANOFORTE

                                                                                                                                                 (ANTIQUE_ Série Peças Didáticas nº 1)

 

Por favor, os métodos de piano para nossa primeira aula:

 

_Do Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach, minueto e musette; após duas ou três invenções, prelúdios e fugas bem temperadas. Menino! agilidade é tudo! Traz-me uns volumes de Czerny! Para as primeiras notas, o Microcosmos de Bartok. Eis aqui um pequeno Mozart! Mais um ano ou dois, te tornas Chopin, Beethoven ou Rachmaninoff, quem sabe! Mas, agora, Solfeggietto, para lembrar-me Carl Phillip Emanuel Bach!

 

_E quando serei Carlos Gomes, Lorenzo Fernandez, Ernesto Nazareth, Cláudio Santoro ou Villa-Lobos?

 

_Preferes o nacional ao importado? Caso o seja, o começo de teus estudos será bem outro, tu sabes! Começa por um MÉTODO DE PIANOFORTE, de certo padre brasileiro e mulato conhecido por José Maurício, sobrenome, Nunes Garcia. Acho que é natural do Rio de Janeiro e viveu em séculos passados, 1767-1830, parece-me... Se morreu de “morte morrida” ou se foi de desgosto, não se sabe.... Dizem que foi mestre de capela e serviu a D. João VI, quando o Rio ainda era a Lisboa brasileira. Quanta decadência! Rei fugido às pressas!!! Portugal deixado às traças, ou melhor, a Napoleão_ um pouco mais ofensivo!  Mas o MÉTODO DE PIANOFORTE, este foi, certamente, muito bem planejado! Afinal, além de compositor, organista, regente e pai de cinco filhos, o padre lecionava, gratuitamente, um curso de piano para os mais pobres, na própria casa. Com tamanha dedicação e erudição no trato, seu MÉTODO DE PIANOFORTE tornou-se verdadeiro diálogo com as grandes obras dos mestres do passado. Se te deparas com a lembrança da abertura do Barbeiro de Sevilha (lição5/II) ou te surpreendes com o tema da sinfonia nº94 de Haydn (lição 7/II) isto, definitivamente, não será mero acaso! Foi, justamente, a partir de fragmentos de obras diversas que José Maurício compôs, didaticamente, seu MÉTODO DE PIANOFORTE, dividido em duas partes, contendo 12 lições cada.

 

Ao final, encontram-se, ainda, seis fantasias. Conclui-se que, ao percorrer o método sequencialmente, o aluno atingiu grau avançado!

 

...Se vais tornar-te Carlos Gomes, Lorenzo Fernandez, Ernesto Nazareth, Cláudio Santoro ou Villa-Lobos, só Deus sabe! Mas meu aluno não serás mais, pois só formo pianista importado!!!

 

    Aos amantes de música, independente da nacionalidade,

 

    Abraços do ANTIQUE,

 

    com a Lição 12/I do Padre José Maurício Nunes Garcia_ Método de Pianoforte

 

 

 

*Neste texto, encontram-se, também, os seguintes links para o ANTIQUE_ Série Peças Didáticas:

_Minueto nº 2, Sol Maior, O Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach

_Musette, Ré Maior, O Pequeno Livro de Anna Magdalena Bach

_ Solfeggietto, Carl Phillip Emanuel Bach

_ Prelúdio nº 21, Si Bemol Maior, O Cravo Bem Temperado, Vol II, Bach

_Carl Czerny (Barrozo Netto), Opus 162, nº1 e nº 5

 

                                                                                                                                                                                        Contribuição: Mara Max

07/06/2012 13:21

ANTIQUE EM SÉRIE DIDÁTICA

 

 

Caro leitores e ouvintes do ANTIQUE, após algum tempo sem postar, o ANTIQUE retorna trazendo contribuição expressiva para os estudantes de música, principalmente, para aqueles das séries iniciais. Paralelamente ao ARTE de OUVIR 2012_ projeto aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura/MG, mas que ainda aguarda patrocínio para execução_, o ANTIQUE aprimora seu espaço virtual e lança o “ANTIQUE: Série Peças Didáticas”. Com este novo projeto, o grupo visa criar espaço virtual pensado para professores, alunos e apreciadores de música erudita em geral e de composições brasileiras. A partir dos vídeos postados, os alunos poderão servir-se do conteúdo apresentado como material auxiliar indispensável em seus estudos, o que lhes propiciará maior conhecimento e compreensão do universo musical instrumental e coral com que travam os primeiros contatos.

 

Despertar os sentidos para a apreciação musical, colocar os estudantes em contato áudio-visual com as peças a serem estudadas, constitui-se primeiro passo para encorajá-los a excursões mais ousadas pelos períodos da História da Música. Com mais este projeto, o ANTIQUE não apenas reforça seu compromisso com as ARTES, como consolida parceria fundamental com o Conservatório Estadual de Música “Lia Salgado” e demais polos de promoção de Música & ARTES.

 

 

Seguindo a linha do BLOG do ANTIQUE, os vídeos apresentados estão embasados em textos que nos convidam a pensar e, sobretudo, a interagir com o tema abordado. Para tal, basta clicar, no título do texto_ nova página se abre para adicionar, ler comentários postados, curtir e compartilhar a página nas principais redes sociais. No primeiro texto da Série, intitulado LIÇÕES DE PIANOFORTE, os alunos conhecerão um pouco mais sobre  o MÉTODO DE PIANOFORTE  do padre JOSÉ MURÍCIO NUNES GARCIA e terão breve panorama das composições musicais mais utilizadas em nossos cursos.

 

Aos leitores e ouvintes do ANTIQUE

 

 Nosso abraço e ....

 

Até o próximo post!!!

 

 

                                                                                                                                                    Contribuição: Mara Max

29/11/2011 23:46

UM PEDACINHO DE BRASIL, IÁ, IÁ?

 

Um, não! CINCO: PRELÚDIO, TOADA, CHORO, CANTIGA DE NINAR E BAIÃO_ cinco peças que, em conjunto, compõem as CINCO MINIATURAS BRASILEIRAS, de Edmundo Villani-Côrtes.

 

Natural de Juiz de Fora, Villani-Côrtes nasceu em 1930 e, desde criança, demonstrou forte inclinação musical. “A princípio, atuou intensamente na música popular até transferir-se paulatinamente para o setor erudito” _ conforme nos revela Vasco Mariz¹. Aluno do Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, Edmundo Villani-Côrtes aperfeiçoou seus estudos de piano com José Kliass, em São Paulo. Em 1954, Villani-Côrtes estreou seu primeiro concerto para piano e orquestra sob a regência de Max Gifter. Estudou composição com renomados expoentes da música erudita como Camargo Guarnieri e Hans Joachim Koellreutter. Durante os anos 70, Villani-Côrtes passou a integrar a orquestra da antiga TV TUPI e tornou-se responsável pela cadeira de música funcional da Academia Paulista de Música. Em 1978, venceu o concurso “Noneto de Munique”_ fato que exerceu significativa influência em sua trajetória musical e delineou sua opção pelo erudito. Recebeu diversos prêmios, dentre eles, o de “Melhores de 1989”, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (A.P.C.A.) em decorrência da realização do ciclo “Cecília Meireles”_ melhor composição erudita para voz, produzida naquele ano. Em 1995, Villani-Côrtes teve outra peça premiada pela (A.P.C.A.): “Postais Paulistanos”_ melhor peça sinfônico-coral. Ainda na década de 90, atuou como regente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e defendeu sua tese de doutorado. Em 2000, teve seu concerto para flauta e orquestra executado pela orquestra Convent Garden, em Londres e, para os 150 anos de Juiz de Fora, compôs um “Te Deum”.

 

Se para documentar esta pequena mostra da trajetória musical de Edmundo Villani-Côrtes foi necessário longo parágrafo, para compor suas “Cinco Miniaturas Brasileiras” ele só precisou distribuir um pouquinho de sua inteligência musical por breves compassos, que você confere na página do ANTIQUE no YOU TUBE, na versão para flauta e piano/cravo_ complementada pela viola da gamba.

 

Nos vemos  por lá!

 

Abraços,

 

ANTIQUE

 

Referências:

  1. MARIZ, Vasco.História da Música no Brasil. 6ªed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005,p 383-384
  2. https://orquestravillani.blogspot.com/p/edmundo-villani-cortes.html

 

Contribuição: Mara Max


 

 

05/11/2011 16:00

VIVER É PRECISO, NAVERGAR....

 

_IMPRESCINDÍVEL!!!

 

E que tal começar pelas páginas do ANTIQUE-ONLINE?!_ agora com mais interatividade!!

 

Com simples clique é possível compartilhar páginas e artigos do site nas principais redes sociais: Facebook, Twitter, Orkut, Google.... e muito mais!!! São 335 opções de compartilhamento!! 337 se adicionarmos ao rol o “Curtir” do Facebook e as caixas de comentários.

 

Mas as novidades não param por aí...

 

Para levar o som do ANTIQUE e o conteúdo do ANTIQUE-ONLINE a todos os mares, acabamos de criar a ANTIKVA MUZIKO_ nossa página em ESPERANTO. Aos samideanos mundo a fora, lembramos que o BLOGO é aberto a contribuições: vocês podem tanto nos enviar artigos em esperanto sobre música e artes ou traduzir para o esperanto os posts de nossas páginas em português. Nosso endereço é grupoantiqueonline@gmail.com . Para celebrar em grande estilo a criação desta mais nova página e colaborar com o trabalho de Zamenhof, a edição de outubro do SABER COM SABOR foi dedicada ao tema. O expositor foi o esperantista e doutorando Paulo Goliath _que, há anos, trabalha pela divulgação do ESPERANTO em Leopoldina/MG e entorno. O debate ocorreu no último domingo de outubro (30/10), no horário habitual (19:30h), no ESPAÇO PORÃO.

 

E se o que faltava era direção, boa dica é incluir na lista de endereços o caminho para o nosso FÓRUM. A discussão atual é sobre  CULTURA _ “PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL: O PAPEL DOS CIDADÃOS E O DO PODER PÚBLICO". Ingredientes para debate caloroso é o que não falta! Mas lá se foi o primeiro mês e o debate permanece estacionado no quarto post! Pelo visto, o pessoal realmente interessado em Cultura tem estado tão ocupado em produzir, que mal dispõe de tempo para redigir! Pena!...Mas, para os que têm um tempinho de sobra, opção imperdível é o nosso fórum sobre FORMAÇÃO DE PLATEIAS_ que, há meses, insiste em permanecer aberto! Tamanha insistência, só Freud explica! Quem sabe se após tantos estudos e, agora, com tanto tempo livre, ele também não propõe uma terapia para amenizar os efeitos  nocivos de uma síndrome raríssima que afeta os assentos de nossos já tão escassos auditórios. Em vez de acomodarem confortavelmente o público, os assentos  de nossas salas de concertos (e conferências) teimam em ficar expostos e exibir suas belas formas!!_ mesmo em momentos em que a cidade sedia eventos como palestra com Ferreira Gullar, Fabrício Carpinejar e programações musicais do III FESTCEM. Síndrome de Narciso??? Levemos, urgentemente, nossos assentos ao psicanalista!!!

 

Mas, antes que esta sessão encerre-se, não se esqueçam de levar, também, as páginas do ANTIQUE-ONLINE e as do ANTIQUE no YOU TUBE a todas as redes sociais. Afinal, "NAVEGAR É PRECISO"....

 

_E VIVER (conectado),.... IMPRESCINDÍVEL!!!!

 

Abraços,

 

ANTIQUE

 

                                                                                                                                                     Contribuição: Mara Max

23/10/2011 22:40

SURREXIT DOMINUS VERE

 

_SURREXIT DOMINUS!!! Aleluia!!! Surrexit Dominus !!!

 

_Verum???

 

_SURREXIT DOMINUS, vere !!!! O Senhor ressuscitou, verdadeiramente!!

 

_Virgo Maria! Mas eu só passei um ou outro dia sem escrever no Blog !!!!

 

Um ou outro dia sem escrever e o tema deste vídeo não poderia ser mais propício “SURREXIT DOMINUS VERE_" O Senhor Ressuscitou Verdadeiramente"!!!

 

Moteto da Procissão da Ressurreição, SURREXIT DOMINUS VERE integra a vasta obra musical do compositor mineiro do século XVIII, Manuel Dias de Oliveira

 

Nascido por volta de 1735 em São José Del Rey, atual Tiradente/MG, o compositor faleceu em 1813, nesta mesma cidade. Desde criança, sua vocação para a música fazia-se notar. O padre Francisco da Piedade, ao perceber que o jovem mulato Manuel Dias cantarolava diferentes vozes do repertório tradicional para coro executado na igreja de Santo Antônio, convidou-o não só a integrar o coral como lhe ofereceu a oportunidade de estudar teoria musical e órgão.

 

Segundo relatos do Prof. Rubens Ricciardi, Manuel Dias de Oliveira “foi o principal músico na Comarca do Rio das Mortes em seu tempo e conviveu, certamente, com diversos personagens da Conjuração Mineira, como os Rezende Costa, os padres Toledo e Vieira, o coronel Alvarenga Peixoto e o sargento-mor Luiz Vaz”. Outra particularidade em relação ao compositor, que nos revela o professor Ricciardi, é o fato de Manuel Dias de Oliveira ter sido o “primeiro compositor brasileiro a receber elogios de um jornal”, isto ocorreu em 1816, quando, por ocasião dos funerais de Dª Maria I, saiu publicado, na Gazeta do Rio de Janeiro, comentário sobre seu “raro engenho”, e sobre sua “harmoniosa música a 4 coros”.

 

 Mas a trajetória de Manuel Dias de Oliveira não se encerra por aqui. Casado com a mulata Ana Hilária e tendo um dos filhos músico, o compositor recebeu da Rainha Dª. Maria I o título de CAPITÃO DA CAVALARIA A PÉ: a mais alta condecoração conferida, naquela época, a alguém de pele escura.

 

Cabe lembrar, ainda, que além de regente e organista na Matriz de Santo Antônio, em São José Del Rey, Manuel Dias de Oliveira foi alferes _ nesta mesma vila_ e, depois, capitão da Ordenança de Pé dos Homens Pardos Libertos, no Arraial da Lage (atual Resende Costa). Nas irmandades de Nossa Senhora das Mercês dos Pretos de São José e de Nossa Senhora da Boa Morte de Barbacena, atuou como copista e foi membro da Fraternidade Ordem Terceira de São Francisco.

 

Entre a produção deste notável expoente da música produzida no Brasil no século XVIII, destaca-se uma série de motetos e peças como Miserere, Sábado Santo de Manhã, Magnificat e Te Deum.

 

_Enfim, concluído o relato!!!

 

_Concluído o relato?? SURREXIT DOMINUS VERE!!

 

_(Não creio que seja o caso...)

 

Abraços,

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

29/09/2011 22:04

ALGUÉM SE AVENTURA?

 

O ANTIQUE, sem dúvida! (Alguém mais?!?)

 

Os desbravadores dos Sertões do Leste, certamente! E as trilhas não poderiam ser mais arriscadas e tortuosas!

 

Aventurar-se pelas “áreas proibidas” da Zona da Mata mineira, durante o ciclo do ouro, era empreendimento para poucos, dentre eles, São Martinho _ que, em sua primeira diligência, em 1784, mencionou a existência do córrego do Aventureiro. Naquela época, os rios eram vias naturais de penetração. Talvez, tenham sido estes os caminhos que conduziram outros tantos desbravadores à região e, já no início do século XIX, José Xavier de Barros poderia organizar o povoado que, posteriormente, deu origem a Santo Antônio do Aventureiro_ local em que o Grupo ANITQUE se apresentou no último dia 25.

 

Bastaram alguns poucos quilômetros por belíssimas paisagens, entrecortadas pelas silhuetas dos morros, para se atingir a pequenina cidade localizada a 630 metros de altitude, com antigas construções, clima ameno e povo deveras caloroso!

 

Foi neste clima acolhedor que o Grupo ANTIQUE realizou concerto na Igreja Matriz de Santo Antônio e abriu as festividades do domingo cultural, que contou com a participação de banda e fanfarra de cidades vizinhas e com as bênçãos e palavras de agradecimento proferidas pelo padre Gabriel, segundo ele, “a oração não se encerrou com a missa, mas continuou na voz e na musicalidade do grupo ANTIQUE”.

 

Os que pensam que a aventura termina por aqui, são os que, certamente, não acompanham as trilhas do  SABER COM SABOR . O tema em discussão foi a LOUCURA, e os caminhos percorridos por Arthur Bispo do Rosário e Nise da Silveira_ na interpretação do grupo teatral Seiva de Luz_ conferiram a tônica ao debate. Se a discussão não teve o sabor de um “Elogio da Loucura”, também não deixou a desejar; pois antes mesmo que o debate se encerrasse, já havia aqueles que queriam aventurar-se em segunda edição sobre o tema.

 

Aos que preferem destino certo, mas não menos saboroso, o mais recente fórum do ANTIQUE é sugestão. O caminho percorrido é o da cultura. Para aventurar-se por mais esta trilha, é só acessar e postar!

 

Abraços,

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

16/09/2011 11:53

CONVERSA DE ÍNDIO

  

Conversa e música_ literalmente!! Ambas aqui no site do ANTIQUE! Proficiência em Tupi, Língua Geral ou na língua pátria de artistas e estudiosos como Rugendas, Debret, Spix ou Martius, totalmente dispensada!!

 

O responsável por intermediar este diálogo de índio, ou melhor, sobre índios é o mestrando José Gabriel C. V. Barbosa_ integrante do Grupo ANTIQUE. Em pitoresco artigo intitulado “TERRA DE ÍNDIOS”, ele discorre sobre a presença de Puris em nossa região (Leopoldina/Zona da Mata Mineira). O embate entre colonizadores e os nativos da terra é ilustrado pela visão de historiadores, escritores, poetas e viajantes como Barroso Júnior, Francisco de Paula Ferreira de Rezende, Augusto dos Anjos e Guido Thomaz Marlière (Diretor dos Índios do Pomba em 1813). As contribuições de artistas que por aqui estiveram e a dos naturalistas Spix e Martius também integram o texto que vale a pena conferir na íntegra em nossa seção ARTIGOS.

 

Finda a conversa, é hora de música e nativa! “DANÇA DOS PURIS” _ “Tanze der Puris”_ ,tema do nosso próximo vídeo, compõe a mostra de melodias indígenas recolhidas por Spix e Martius em  VIAGEM PELO BRASIL. Na peça musical em destaque, que o grupo ANTIQUE executa em duas versões _ com e sem melodia cantada_ ,é possível distinguir três temas distintos: “Descontínuo com Afeto” _(Maestoso grave, segundo anotações de Spix e Martius); “Keuchend” (Ofegante_ Grave maestoso); “Mit Stiller Leidenschaft” (Com paixão tranqüila_ Allegretto).

 

Antes de encerramos o post, gostaríamos de agradecemos ao José Gabriel a participação. Quem sabe ele não toma gosto pelo ofício e transforma “TERRA DE ÍNDIOS” no primeiro artigo de uma série? Após tantos estudos sobre a nossa região, conhecimentos a partilhar é o que não lhe faltam!

 

Aos demais leitores interessados em compartilhar seus conhecimentos, lembramos que a seção ARTIGOS (subpágina do nosso Blog) é aberta a contribuições. O foco é ARTES_ em todas as suas manifestações _, ou assuntos diversos em que o tema artes apareça ainda que transversalmente.

 

Lembramos, ainda, que já se encontra aberto o nosso novo fórum, o tema é “PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL: O PAPEL DOS CIDADÃOS E O DO PODER PÚBLICO". Basta acessar e postar!

 

Abraços,

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

13/09/2011 12:59

IMMUTEMUR HABITU

 

_ MUDANÇA DE HÁBITO?

 

_De hábito, de vestimenta, de tema e de postura! A mudança de vestimenta e a de tema ficam por conta do site, mais precisamente do FÓRUM, já a de hábito e postura, por conta da prefeitura!

 

“Uma lei municipal, votada esta semana, destina ‘ao historiador que escrever a história completa do Distrito Federal desde os tempos coloniais até a presente época’, aquela valiosa quantia (cinqüenta contos!). O prazo para compor a obra é de cinco anos. O julgamento será confiado a pessoas competentes, a juízo do prefeito.

                           ...              ...                 ...                 

 

Há só dois pontos em que a recente lei me parece defeituosa. O primeiro é o prazo de cinco anos, que acho longo, em vista do preço.        ...     ...         ...

 

O segundo ponto que me parece defeituoso na lei, é que a competência das pessoas que houverem de julgar a obra, dependa do juízo do prefeito. Nós não sabemos quem será o prefeito daqui a cinco anos; pode ser um droguista, e há duas espécies de droguistas, uns que conhecem da competência literária dos críticos, outros que não. Suponhamos que o eleito é da segunda espécie. Que pessoas escolherá ele para dizer dos méritos da composição? Os seus ajudantes de laboratório?

 

Eu, se fosse intendente, calculando que a história do Distrito Federal podia esperar ainda dois ou três anos, proporia outro fim a uma parte dos contos de réis. Tem-se escrito muito ultimamente acerca do Padre José Maurício, cujas composições, apesar de louvadas desde meio século e mais, estão sendo devoradas pelas traças. Houve idéia de catalogá-las, repará-las e restaurá-las, e foi citado o nome do Sr. Alberto Nepomuceno como podendo incumbir-se de tal trabalho. Este maestro, em carta que a Gazeta inseriu quinta-feira, lembrou um alvitre que ‘torna a propaganda mais prática, sem nada perder da sua sentimentalidade atual, e põe ao alcance de todos as produções do genial compositor’. O Sr. Nepomuceno desengana que haja editor disposto a imprimir tais obras de graça, empatando, sem esperança de lucro, uma soma não inferior a quarenta contos. A concessão da propriedade é um presente de gregos. O alvitre que propõe, é reduzir para órgão o acompanhamento orquestral das diversas composições e publicá-las. Custaria isto dez contos de réis.

 

Ora, se o Distrito Federal quisesse divulgar as obras de José Maurício, empregaria nelas os dez contos do método Nepomuceno, ou os quarenta, se lhes desse na cabeça imprimir as obras todas, integralmente. Em ambos os casos ficaríamos esperando o historiador do distrito, salvo se houvesse homem capaz de escrever a história por dez ou ainda por quarenta contos; coisa que me não parece impossível.

 

                                      (Machado de Assis, A SEMANA)

 

Ora, eu, se fosse intendente _prefeito _, teria ainda melhor destinação para dar aos contos públicos. Extinguiria, por decreto, a Secretaria da Cultura e encaminharia toda a verba para a Secretaria de Obras Públicas. Com meia dúzia de contos e uma só canetada, solucionaria o problema do conflito de verbas, presentearia a cidade e, ainda, imortalizaria a figura_ e consequentemente a obra_ do reverendíssimo padre José Mauricio Nunes Garcia erguendo-lhe estátua em praça pública. Quanto aos muitos contos restantes....

 

_ Não é da noite para o dia que se mudam velhos hábitos da Administração Pública...

 

Ainda que velhos hábitos permaneçam a vestimenta do nosso FÓRUM muda e o novo tema em debate é:  PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL: O PAPEL DOS CIDADÃOS E O DO PODER PÚBLICO".

 

Para participar da discussão, é só acessar o FÓRUM. Caso ainda queiram contribuir com a preservação e divulgação da obra do padre José Maurício (1767-1830) e da de outros notáveis compositores sem gastar, praticamente, um conto, basta acessar nossa página no Youtube!

 

A vocês, caros leitores, o nosso ABRAÇO e...

 

IMMUTEMUR HABITU !!!!

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

03/09/2011 12:49

A MEIO PASSO ?

 

_A meio passo?

 

A passo e meio (passamezzo!)! Mais um pouco, percorreremos o mundo e isso não é pouco chão! Bem menos percorreram os naturalistas Johann Baptiste von Spix e Karl Philip von Martius e, nem por isso, deixaram de recolher, pelo caminho, profundo conhecimento e reconhecimento!

 

Só por estas bandas_ a Zona da Mata e o Sertão Mineiro _, estes dois notáveis integrantes da comitiva da Arquiduquesa D. Leopoldina_ e de sua “missão austríaca” (1817) _ registraram verdadeiras preciosidades e tiveram bem mais o que festejar que as bodas de D. Pedro I. Mas guardemos, por ora, os detalhes e a curiosidade; afinal, a viagem de Spix e Martius pelo Brasil é tema para muitos artigos e, certamente, algumas histórias e vídeos.

 

 O de hoje, que confirmem os coreógrafos, é um pouco mais antigo! “Tema de bodas?” “Quem sabe!” Mas não há dúvidas de que Duarte da Costa, ao formalizar sua união com as ricas terras do Brasil (1553) e assumir o governo-geral, preferiria fazê-lo ao som de um Passamezzo Antico ao de uma “Recercada de Puris e Coroados”!_ ponto em que diferia substancialmente de von Spix e von Martius.

 

Quem a eles assemelhava-se, ao menos no tange a registro, foi o compositor espanhol Diego Ortiz (1510-1570) autor da Recercada Primera sobre Passamezzo Antico _ tema do nosso próximo vídeo. Ortiz (1510-1570), sempre cioso de seu ofício, antecedeu, em praticamente três séculos, o rigor de Spix e Martius e tratou de catalogar sua significativa produção musical em livro e no renomado "Trattado de Glosas Sobre Clausulas y Otros Generos de Puntos en la Musica de Violones Nuevamente Puestos en Luz"_ ou, simplesmente, “Tratado de Glosa”, cuja publicação data de 1553.

 

Para o mestre de capela, Diego Ortiz, redigir suas glosas e outros livros não há de ter sido nenhum sacrifício; antes, divertimento! Como nos contam alguns livros, à época do Renascimento espanhol, a arte de “fazer variações” (glosas, ornamentações) ou, como se diz modernamente, a arte de improvisar era habilidade essencial a qualquer músico; talvez, por isso, tenha se tornado tema daquela obra-prima composta para viola da gamba _ o já mencionado Tratado.

 

Sem tempo para percorrer-lhe as páginas, diremos, “en passant”, que, nas finais, encontram-se as Recercadas sobre Passamezzo Antico (Recercadas sobre Passo e Meio Antigo) além de outras sobre Passamezzo Moderno (meio passo), Romanescas e Folias. Só para que fique registro, o Passamezzo Antico refere-se tanto a estilo de composição musical quanto a dança de fins da Renascença italiana, bastante popular na Europa. Aos que pedem outras referências, diríamos que se assemelha à Pavana e que, em seus aspectos estruturais, composições do tipo Passamezzo Antico apresentam, na voz baixo, padrão melódico repetitivo (ground) sobre o qual flutua melodia (instrumental ou vocal) com variações.

 

 Após esta exaustiva caminhada pelos vastos territórios da música e da dança, cremos estar a meio passo do vídeo! Um click e nos vemos por lá!

 

Hasta la vista y.....

 

 Hasta el Youtube

 

ANTIQUE

 

A los interesados en conocer un poco más sobre “A Glosa ou a Arte da Improvisação Instrumental no Renascimento Espanhol” recomenda-se leitura do artigo:" LA GLOSA O EL ARTE DE LA IMPROVISACIÓN INSTRUMENTAL EN EL RENACIMIENTO ESPAÑOL"

 

 

Contribuição: Mara Max

 

27/08/2011 23:43

UMA PASSADINHA PELO SABER COM SABOR?

 

Aos que, por falta de tempo, não conferiram, recentemente, nosso Calendário de Eventos sugerimos dispensar a visita virtual e dar uma conferida real no próximo SABER COM SABOR, neste domingo (28/08/2011), às 19:30h, no Espaço Porão.

 

Inaugurado em 27 de abril de 2010, o SABER COM SABOR envolve discussões sobre temas variados acompanhadas por momento musical _com participação de integrantes do ANTIQUE. Em pouco mais de um ano, debateu-se de quase tudo um pouco. O encontro inaugural decorreu com interessante discussão acerca do pensamento de Michel Foucault. Com o tema “Leopoldina e sua História”, os participantes puderam não só dialogar com nossas origens como reconhecer Leopoldina pelas mãos habilidosas de notáveis expoentes da Literatura Brasileira e Portuguesa como o poeta Augusto dos Anjos e o escritor Miguel Torga_ ex-aluno do Gymnásio Leopoldinense.

 

No campo das “Artes”, o tema direcionou-nos o olhar para as infinitas possibilidades que as Artes_ em todas as suas manifestações_ nos oferecem para compreender e intervir no espaço que nos cerca_ e, em tempos de conexões em rede, este espaço ganha as dimensões do mundo. Para os cinéfilos, o SABER COM SABOR reservou intrigante discussão sobre o filme “Avatar”, ressaltando pontos como a temática ambiental e o emprego de políticas expansionistas_ com consequente dominação de povos. Na linha de projetos, pudemos conversar um pouco sobre “Arte & Design” e conhecer propostas de projetos ambientais e arquitetônicos para Leopoldina.

 

Assuntos polêmicos como “Política”, “Futebol” e “Religião” também não ficaram de fora e tornaram-se importantes ferramentas para abordarmos temas conexos. No campo da Política, discutiu-se poder, cidadania, participação, gestão da “coisa pública" etc. Com o “Futebol”, além das conquistas (e algumas derrotas), intenso debate suscitou questões como socialização, educação, formas de discriminação, ascensão social, projeção exterior do Brasil, entretenimento enquanto fuga da realidade, dentre outras. O tema “Religião, certamente, foi o mais polêmico; mas nada que um ponto final não resolva_ pena que a vida não aceite pontuações como a folha de papel !_melhor deixarmos em suspenso...

 

 O tema “Música”, que, propositalmente, deixamos para o final, transcorreu ao som do Grupo ANTIQUE e é com ele que encerramos o post_ ao ritmo caloroso de ADIÓS NONINO de Astor Piazzolla.

 

 (Se é para terminar em TANGO, antes este post que os debates e as práticas!)

 

Abraços do ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

20/08/2011 20:38

RUMO À ORIGEM DAS ESPÉCIES?

 

Não diríamos que chegue a tanto! São, apenas, pequenas notas. Deixássemos a cargo do “pai do evolucionismo”, teríamos, no mínimo, a reinvenção da organologia (ciência que estuda a origem e a evolução dos instrumentos)! Mas não incomodemos Charles Darwin em seu repouso sagrado_ afinal, após revezar-se entre grandes teorias, ensaios e recitais, supõe-se esteja bastante cansado! Mas nada que o impeça de extrair da música o elixir para suas obras-primas.

 

Que a música influenciou consideravelmente os trabalhos de Charles Darwin é fato. O que não está muito claro é a origem de tanta inspiração! De noites agradabilíssimas_ presume-se _, animadas pelo som do piano ao talentoso toque da esposa e prima, a concertista Emma Darwin_ eximia aluna de Chopin!

 

Dizem as boas e as más línguas que todas as noites eram festa na residência dos Darwin. Submetido a exposições musicais diárias, em doses elevadíssimas, Charles Darwin teria sido acometido por insights que dariam origem as suas teorias.

 

Segundo Darwin, a “voz e o poder da música” seriam as principais armas de que nossos ancestrais dispunham para atrair o sexo oposto e assegurar posição privilegiada na disputadíssima competição em prol da propagação das espécies. Se a assertiva de Darwin foi concebida com a devida fundamentação científica, é fato que não nos cabe questionar, mas não nos resta qualquer dúvida de que o naturalista não precisou de grandes dotações musicais para assegurar o amor de Emma e garantir a perpetuação de sua descendência e ideias _tarefa na qual se saiu muitíssimo bem!

 

Resta-nos saber se teremos a mesma sorte com nossas pequenas notas. Na verdade, pequenos tópicos sobre os instrumentos do grupo (os antigos e os nem tanto). Para os interessados em dar uma conferida nesta mais nova subpágina do Antique-online, basta acessar, na árvore genealógica do site, o item “Sobre Nós” e, seguindo a linha sucessória, clicar na subpágina "Instrumentos". Uma das preciosidades que encontrarão por lá é um curta (3min) com o praticamente centenário luthier das sanfonas_ o memorável “Seu Tão”.  

 

Ainda no delicado processo de seleção natural e propagação das espécies, aproveitamos para assegurar futuros descendentes a nossa seção de artigos intitulada “A Arte de Ouvir e Redigir”. Lembramos a todos que a seção é aberta a contribuições (em português, inglês, francês, espanhol ou esperanto; para que pessoas de diferentes línguas tenham o que ler no site!). O foco é ARTES _ em todas as suas expressões_ ou temas diversos em que o assunto “Artes” apareça ainda que transversalmente. Interessados, favor contatar o e-mail: grupoantiqueonline@gmail.com

 

A vocês, caros leitores, o nosso goodbye,

 

Com abraços do ANTIQUE

 

 

*Para saber mais sobre a relação entre música e seleção natural, veja “Voice and Musical Power” (A Voz e o poder da Música), seção integrante do cap. XIX da obra Descent of Man and Selection in Relation to Sex (A Decência do Homem e a Seleção em Relação ao Sexo)_Charles Darwin. Como até as grandes obras estão sujeitas a pequenos erros, não se esqueçam de ignorar imprecisões do tipo: “Os homens são mais corajosos” e têm “gênio mais criativo que as mulheres”. Falta praticamente imperdoável para alguém como Charles Darwin! Mas, como já dizia o mestre Machado de Assis: “O erro é deste mundo (se me engano, não é por falta de diligência em buscar a verdade)”! Creio que Darwin está perdoado!

 

 

Contribuição: Mara Max

 

16/08/2011 11:40

UM MOTETO, POR FAVOR!

 

_ Algo mais, meu Sr?

 

_Mais meio metro de texto!

 

Meio metro parece-nos bom tamanho! Falta-nos, apenas, ajustar o comprimento do texto ao da música já tecida. Alguém nos indicaria un bon tailleur? Os puristas que nos perdoem; mas “tailleur” é musicalmente mais sonoro que “alfaiate” _ ainda que ambos exerçam com arte o mesmo ofício. Concluída a peça, o que temos não é novo “terno”, mas sim novo “termo”, de incontestável ascendência francesa: MOTET (mot: palavra) _ no mais puro português: MOTETO.

 

Gênero musical polifônico, surgido por volta do século XII ou XIII, os primeiros MOTETOS constituíam forma bastante peculiar de compor. Regras de etiqueta a parte, várias vozes, com diferentes discursos, falavam ao mesmo tempo. O que poderia tornar-se tumulto tornava aqueles MOTETOS tipo de composição deveras interessante. A discurso sacro, muitas vezes composto de única palavra ou frase, sobrepunham-se um ou mais textos profanos.

 

Nos primeiros MOTETOS, o discurso sacro (em latim) constituía a base _ cantus firmus_ sobre a qual flutuava melodia mais aguda _ duplum_ com texto profano (parfois, en français). Por vezes, identificamos terceira melodia _ triplum_ com ritmo mais agitado e texto igualmente profano, mas que não necessariamente guardava relação com o primeiro. Nos séculos subsequentes, a estrutura do Moteto passou por diversas alterações sendo comum, já no século XV, a utilização de texto único.

 

Mas é justamente a sobreposição de assuntos e vozes, de amores profanos e de amor divino o que confere espírito e riqueza a modelo de composição desenvolvido em tempos longínquos. Na era da internet e da circulação de textos, alguns de vocês, caros leitores, sequer tiveram a oportunidade de apreciara um daqueles MOTETOS. Neste aspecto, os compositores medievais, verdadeiros artífices da palavra, estavam gigas e gigas a nossa frente; afinal, o computador sequer existia e eles já eram mestres na arte de copiar e colar! Ainda há os que acreditam que eles é que eram medievais....Texto tecido! Tudo dito!

 

_ Um MOTETO, por favor!

 

_Ou melhor, dois: um legítimo séc. XIII seguido por genuíno exemplar do XVIII.

 

 A vocês, caros leitores, o nosso à bientôt,

 

 ANTQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

09/08/2011 22:58

SEE THE CONQUERING HERO COMES, DE ONDE?

 

 _ De onde ?

 

_De textos apócrifos de algum Velho Testamento, diriam uns!

 

_De Stuttgart e em clima amistoso, precisamente em 10 de agosto de 2011, diriam outros!

 

_E Georg Friedrich Händel o que diz?

 

_ ( Ele é alemão, não vale!! )

 

_Händel disse (em bom português) que foi um duelo dos deuses e em três atos: o primeiro, o segundo e a prorrogação!

 

_ Mas não é cedo para bater o martelo? O jogo sequer começou!

 

_ Infelizmente, o jogo mal começou e o patriarca dos Martelos (Matatias) já foi abatido logo no primeiro ato, por isso o cortejo fúnebre!

 

_Mas Matatias não consta em nenhum dos times!

 

_ Certamente que não, pois foi um dos seus filhos, Judas Macabeu, que, já no segundo ato, conduziu o grupo à vitória!

 

_ Então não houve o terceiro ato?

 

_ É justamente neste que o “Conquering Hero Comes”!

 

_Do Brasil ou da Alemanha?

 

_ De Israel, é claro, Judas Macabeu era judeu!

 

_Definitivamente, já não sei mais para que lado vai a bola!

 

_ Para o dos ingleses, of course! Afinal, Händel usou os feitos de Macabeu para celebrar a vitória do duque de Cumberland sobre o “Jovem Pretendente” ao trono da Inglaterra, Escócia e Irlanda (príncipe Charles Edward Stuart). Pelo visto, a vitória foi muito bem celebrada, pois os feitos de Judas Macabeu não foram poucos: ele não só liderou o movimento que libertou a Judéia da dominação helênica, como reconquistou o Templo de Jerusalém profanado pelo império Selêucida e isto é só parte da história! Que o diga, em seu libreto, Thomas Morell (1703-1784)!

 

_Sem compreender praticamente nada, passo a bola e a oratória e fica para a torcida a façanha de entender, ver ou prever se “THE CONQUERING HERO COMES from Brasil ou Alemanha!

 

A todos excelente AMISTOSO,

 

com forte torcida do ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

05/08/2011 07:32

ACORDAI, BACH VOS CHAMA!

 

 

Despertai, caros leitores, afinal, BACH vos chama!

 

_“Despertai, chama-nos a voz do vigia do alto da muralha...Onde estais, virgens prudentes? Celebrai, o noivo está vindo...Preparai-vos para as bodas”.

 

_Mas BACH já não era casado?

 

_Casado e bem! Com suas esposas (a primeira e a segunda), com a música, com nós todos e a posteridade! À parte a “poligamia”, está tudo devidamente registrado e catalogado em obra monumental! Sem tempo, habilidades e instrumentos para percorrermos tão vasto domínio, fiquemos com os desafios da CANTATA BWV 140 “Wachet auf, ruft uns die Stimme”. Alguém, por aí, faltou à aula de alemão?....

 

Falta abonada para os que compareceram à estreia, que ocorreu em 25 de novembro de 1731, na Thomaskirche (Igreja de São Thomas), em Leipzig. Como estiveram lá e puderam apreciar, na íntegra, os sete movimentos da cantata, poderão corrigir-nos as falhas... 

 

Como todos sabem, e o Houaiss confirma: cantata é “composição vocal-instrumental, frequentemente religiosa, com vários movimentos. Poema para ser cantado”. Para a CANTATA BWV 140 “Wachet auf, ruft uns die Stimme”, Johann Sebastian Bach (1685-1750) compôs sete movimentos tendo por tema a parábola das “virgens prudentes e imprudentes”. O belíssimo poema descreve a chegada do noivo celestial _ Jesus_ e culmina com as bodas.

 

Para os que dispensam os detalhes e desejam passar, imediatamente, da teoria para a prática, O IV movimento,           Zion hört die Wächter singen”, é tema do nosso próximo vídeo. Para os que fazem questão do prospecto, ele encontra-se logo abaixo:

 

CANTATA BWV 140 “Wachet auf, ruft uns die Stimme”

 

Primeiro movimento_ “Wachet auf, ruft uns die Stimme” (Despertai, chama-nos a voz) __ é fantasia coral que conclama as virgens a despertarem e prepararem-se para as bodas.

 

Segundo _ “Er Kommt” (Ele vem)_ é recitativo que anuncia a chegada do noivo a Sião (chegada do Senhor).

 

Terceiro _ “Wann Kommst du, mein Heil” (Quando você vem, minha salvação) é dueto para soprano e baixo. A soprano personifica a alma e o baixo, Jesus.

 

Quarto _ “Zion hört die Wächter singen” (Sião ouve o vigia cantar)_ estrutura-se como trio sonata para tenores do coro, oboé da caccia  e contínuo. Nesta parte do poema, “Sião ouve o vigia cantar”, desperta-se/ e as virgens seguem ao encontro do noivo”.

 

Quinto _ “So geh herein zu mir” (Venha para mim)_ é recitativo escrito para a voz baixo. O poema inicia-se com os versos: “Entre, pois, e vem até mim/ Ó noiva que escolhi...”

 

Sexto _ “Mien Freund ist mein” (Meu amado me pertence)_ é dueto para soprano e baixo.

 

Sétimo movimento _ “Gloria sei dir gesungen” (Que sua glória seja cantada)_ é o grand finale com coro a quatro vozes.

 

 

Concluída a leitura, desejamos a todos: “bom concerto”!

 

auf Wiedersehen,

 

 ANTIQUE

  

*Virgens prudentes e imprudentes: sobre o tema desta parábola, recomenda-se leitura de dois brilhantes sermões do Padre Antônio Vieira intitulados Sermão de Santa Teresa e Sermão de Santa Catarina Virgem e Mártir”.

 

 

Contribuição: Mara Max

 

02/08/2011 22:43

PIACATUBA EM BREVES NOTAS

 

 

_Breve? Só se for o comentário que estamos a redigir porque as notas.... Não poderiam ser mais diversificadas, indo das semibreves às fusas e passando por composições da Era Medieval a meados do século XX.

 

Séculos de história percorridos musicalmente no interior da pequenina, aconchegante e, praticamente, sesquicentenária igreja de Nossa Senhora da Piedade. Situada em um dos pontos mais altos do distrito, a igreja proporciona ao público o encontro com o que há de divino no céu e na terra, além de muita paz e ar puro.

 

A pureza do ar é tamanha e ele circula com tal velocidade, que chega a impressionar, até mesmo, o virtuose dos virtuoses. Por conta de tanta agilidade, ainda que as portas laterais da igreja estivessem cerradas, não havia partitura que não ficasse desconcertada! (Mas nada que atrapalhasse o bom andamento do concerto!). Como o som propaga-se pelo ar, o mesmo vento que levava as partituras levava também a música para todos os cantos da igreja e da vizinhança.

 

Com tamanha platéia, os comentários foram os melhores possíveis_ fato que não poderia passar sem nota!

 

Aos amigos e a todos os que nos prestigiaram, nosso afeto e agradecimento!

 

Com o nosso tradicional ABRAÇO encerramos a nota!

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

28/07/2011 21:34

NO TEMPO DOS FESTIVAIS

 

Multidão que se aglomera! Flashback em branco e preto: tempo de festivais! Da Canção ou de inverno? Tanto faz! O que importa é que sejam bons! como aqueles dos bons e velhos tempos da saudosa TV Excelsior e da antiga TV Record! Já se vão tempos! Quase um século, ou melhor, quase meio! O ano é 1971. Canção vencedora? “Kyrie”_de Paulinho Soares e Marcelo Silva, interpretada por Evinha. Primeiríssimo lugar no VI Festival da Canção

 

O que muitos de vocês _ ainda que bons apreciadores da música popular brasileira_ devem estar se perguntando é: “mas o blog não é de música antiga?”

 

Querem algo mais antigo que um “Kyrie"? que um “Kyrie” da Missa Brevis do compositor renascentista Giovanni Pierluigi Palestrina (1525-1594)? “Senhor, tende piedade”!

 

Contraponto a quatro vozes, o Kyrie” (Missa Brevis) de Palestrina (tema do nosso próximo vídeo) é exemplo de composição musical empregada na liturgia da Igreja Católica. A Ordo Missae (Ordinário da Missa) daquele tempo _fins da Idade Média e início da Renascença, estabelecia que a parte musical da missa deveria compreender seções fixas e móveis, sendo o Kyrie integrante da parte fixa, juntamente com o Glória, o Credo, o Sanctus e o Agnus Dei. Os compositores passaram, portanto, a desenvolver e a aperfeiçoar suas composições, trazendo maior beleza e complexidade à expressão musical da liturgia.

 

A princípio, as peças ainda eram cantadas em uníssono por todos da assembléia. Mas, com o advento da polifonia, os arranjos adquiriam maior complexidade e, aos poucos, passaram a ser executados por profissionais.

 

Mas a assistência não perdeu seu brilho e importância, afinal, a arte existe para ser apreciada pelo público. Como estamos no mês dos festivais, principalmente os de música antiga, gostaríamos de convidá-los para assistirem à próxima apresentação do Grupo ANTIQUE, neste domingo (31/07/11), às 11:00h, na igreja Nossa Senhora da Piedade (Piacatuba). A apresentação integra a programação do 9º Festival de Gastronomia e Viola de Piacatuba. Como Piacatuba bem "vale uma missa", certamente, nos encontraremos por lá!

 

A todos o nosso até breve!

 

ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

22/07/2011 12:15

NO PASSO (E COMPASSO) DA DANÇA!

 

Queridos leitores, Attitude!!!

 

 Pas-de-deux!! Pas de bourrée!! Ce n’est Pas de Ballet! Não é balé, mas é dança_ e saltitante. Popular entre as cortes medievais e renascentistas italianas, o “Saltarello” é tema do nosso mais recente vídeo.

 

 A primeira menção a este tipo de dança remonta à Nápoles do século XIII. Com o decorrer dos tempos, o Saltarello tornou-se tanto passo de dança quanto ritmo musical. Mas nem só de saltos vive a dança. Ainda que a música profana estivesse presente em diversas comemorações da era medieval, a História da Dança encontrou, na Idade Média, momento de ruptura.

 

 Durante os anos compreendidos entre a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.c.) e a queda de Constantinopla (1453 d.c), a influência da Igreja Católica estendeu-se pela velha Europa moldando-lhe a forma de pensar e agir. No campo das artes, predominou a temática religiosa. A dança, plenamente utilizada em rituais da antiguidade, como forma de adoração a deuses, encontrou, nos princípios da Igreja, severos censores. Na música, especificamente, a Igreja introduziu novo gênero a ser empregado nos rituais litúrgicos: o cantochão_ musica vocal, monódica, cantada por homens. Posteriormente, o papa Gregório I introduziu a este estilo determinadas reformas e o cantochão passou a denominar-se canto gregoriano _ ainda empregado nos dias atuais.

 

Mas as manifestações profanas não foram totalmente subjugadas. Como já dizia o poeta Augusto dos Anjos, em seu poema “Contrastes”: “O que o homem ama e o que o homem abomina /Tudo convém para o homem ser completo... Eu sei tudo isso mais do que o Eclesiastes.” Se hoje nós conhecemos um pouco mais a respeito das manifestações musicais profanas da era medieval, foram graças a coletâneas manuscritas, conhecidas como cancioneiros. Nelas, ficaram registros de cantigas de amigo, de amor, satíricas, de escárnio e de mal dizer. Àquele tempo, poesia e música ainda estavam entrelaçadas.

 

Com o fim da Idade Média, presenciamos tanto ruptura no poder inconteste da Igreja como no elo anteriormente existente entre poesia e música, que se tornaram expressões artísticas dissociadas. Nos compassos da dança, o momento que se seguiu à Idade Média foi o de renascimento, mas isso já são passos de outra história!

 

Abraços do ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

18/07/2011 16:52

DE OLHO NO ESPAÇO?

 

       Olá Pessoal,

 

       Se estão corretos aqueles que dizem que “tudo na vida e questão de espaço” é o que vamos conferir. Atendendo a sugestões, acabamos de criar novo espaço no site! A seção COMENTÁRIOS já está aberta e o ANTIQUE, mais perto de vocês. Se têm algo a dizer ao grupo ANTIQUE, entrem, parem para um café e deixem seu recado. 

 

       Se o assunto é espaço e cardápios, boa dica é deslizarem pelo MENU (Sobre Nós), seguirem pela seção ENSAIOS e darem uma passadinha pelo ESPAÇO PORÃO. Para os que ainda não o conhecem, o “SABER com SABOR” é excelente oportunidade. Inaugurado em 27 de abril de 2010, este encontro de saberes e sabores ocorre no último domingo de cada mês (às 19:30h) e envolve discussões sobre temas variados. Outro evento que o ESPAÇO PORÃO abrigou nesta última semana (13/07/11) foi uma espécie de “Momento Literário”. Envolvidos pela aconchegante atmosfera do Porão, grupo de amigos reuniu-se para ler e discutir prosa e poesia.

 

      Como estamos no campo das artes, a“Arte de Ouvir e... Redigir” é boa pedida! Esta subpágina do nosso Blog é dedicada à publicação de artigos e o primeiro tem por tema: Sociedade: uma obra de arte?”. Baseada no pensamento de Foucault, a integrante do grupo ANTIQUE e mestranda em Ciência Política, Ereny Sales, discorre sobre o papel da arte na sociedade. Lembramos a todos que a "Seção Artigos" é aberta a contribuições. Aos articulistas interessados em publicar em nossa página, sugerimos lerem nossas propostas de temas e enviarem e-mail para grupoantiqueonline@gmail.com.

 

       Depois de passarmos pela redação, o nosso Fórum não poderia ficar de fora! Agradecemos as significativas contribuições dos amigos Claudia Conte, José Gabriel, André Maximiano Serpa, Beth Fontes e Denise Maximiano e relembramos a todos que o tema em discussão é “Formação de plateias”. Vocês podem enriquecer ainda mais o debate. Basta acessar e postar.

 

      Concluído o nosso tour pelo site, agradecemos as amiga Nilza Cantoni, Natânia Nogueira e o Jornal Leopoldinense por nos ajudarem na divulgação do Antique-online e convidamos vocês a inscreverem-se no Canal do Grupo ANTIQUE no You Tube.

 

             Abraços do ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

16/07/2011 10:21

YOU TUBE, YOU TUBE, YOU TUBE: O GRANDE SALTO ADIANTE !!!!!

  

 Queridos amigos,

 

Como já há até chineses visitando nosso site, podemos dizer que, de ontem para hoje, o ANTIQUE executou seu “Grande Salto Adiante”: dos arquivos em VHS para as páginas do YOU TUBE!!!

 

Para executar tal performance, foram necessárias muitas e muitas horas de repetições exaustivas. Sob a regência da habilidosa artista plástica _e coordenadora do grupo Assum Preto_ Renata Arantes, os antigos arquivos em VHS tomaram a forma e as terminações necessárias ao formato digital e a era do YOU TUBE! Sessão concluída: já temos alguns pequenos vídeos para postar....

 

À amiga Renata Arantes, nosso sincero agradecimento.

 

Para conferir o resultado deste belo trabalho conjunto, basta acessar nossa página no YOU TUBE.

 

Abraços do ANTIQUE

 

 

Contribuição: Mara Max

 

16/07/2011 10:16

SEMANAS CULTURAIS: CEFET E UEMG

 

Os últimos dias foram de ensaios! Participação na “Semana Cultural do CEFET”(16/06/11) e na “Semana da UEMG” (27/06/11). Nos dois eventos, por passarem-se em ambiente acadêmico, realizamos concertos didáticos. Convidamos a platéia a viajar conosco pela História da Música e a da nossa região: a Zona da Mata Mineira. Como peça inicial, escolhemos composição do século XVI: “Recercada Primera”,de Diego Ortiz. Para representar o Barroco: Bach, Telemann e Händel (Ária da Cantata 208:“Schafe Können sicher weiden”, Trio Sonata e Wassermusik). Do período colonial brasileiro, “Lição para Pianoforte”_  do padre José Maurício Nunes Garcia (séc. XIX) e como recorte da música indígena: Dança dos Puris (recolhida por Spix e Martius) . Já no século XX, viajamos com “O trenzinho do Caipira” _de Heitor Villa-Lobos_, embalados pela sonoridade de “Certas Canções”, de Samuel Kerr. Na Região do Rio da Prata, passamos pela Argentina de  Ástor Piazzolla com “Adiós Nonino”  e seguimos  pela música “Cigana”, de Egberto Gismonti. Com “Cinco Miniaturas Brasileiras"_ versão para flauta doce e piano, de Edmundo Villani Cortes, nossa viagem chega a Juiz de Fora e, já no entorno de nossa “pequena Leopoldina”, o público emociona-se com a releitura das “Folias de Laranjal e da Serra”. Creio que com esta leitura do programa, esta parte da viagem encerra-se. Comentários sobre os concertos, nos próximos posts!

 

 

Contribuição: Mara Max

 

01/07/2011 04:54

Primeiro Blog

Nosso novo Blog foi lançado hoje. Esteja atento a ele e nós tentaremos mantê-lo informado. Você pode ler as novas postagens nesse blog via RSS Feed.

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ALLONS MES ENFANTS

 

 
É preciso penetrar o silêncio, 
devassar-lhe a intimidade!
É preciso tecer histórias!
É preciso tecer a História!
É preciso resgatar
e inventar tradições!
Onde estarão as palavras?
Onde estará o leitor?
Com tanto por fazer,
os autores tiraram folga?!? 
 Apressem-se mes enfants!
 Instrumentos à mão e Mãos à Obra!!! 

 

(Mara Max 2011)

 

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